Quem você prefere, papai ou mamãe? A hora do divórcio para as crianças
Cuidados especiais
A separação dos pais é sempre dolorosa para os filhos. Para que a vida deles não fique ainda mais difícil, os pais precisam agir com muita responsabilidade. Mesmo que esteja com raiva ou decepcionada com o ex-marido, a mãe jamais deve usar as crianças para atingi-lo - e vice-versa.
Quando a situação não é bem resolvida, a criança sente raiva do pai, porque vê a mãe sofrendo. Por outro lado, quando os pais se separam, mas mantêm uma relação amigável, a criança supera a fase sem traumas.
Muitas mães usam a criança como trunfo e não enxergam a bola de neve negativa, de raiva e rancor. Isso pode gerar transtornos psicológicos para toda a vida da criança. Não caia nessa armadilha!
Em 2008, foi aprovada a lei da guarda compartilhada: agora, pais e mães têm os mesmos direitos e deveres com os filhos.
Procure não dividir a raiva com seu filho. Nunca diga essas frases:
>> De quem você gosta mais: da sua mãe ou do seu pai?
>> Se você gostasse da sua mãe/pai, de verdade, não falaria com seu pai/mãe, que me fez sofrer.
>> Seu pai/mãe só quer saber da nova família agora.
>> Seu pai/mãe não presta, ele/a nos largou!
>> O papai/mamãe está morto/a e enterrado/a. Não fale mais dele/a perto de mim.
>> Seu pai/mãe não gosta mais de nós.
Separe bem as relações
O que acabou foi o relacionamento de marido e mulher. A relação com os filhos continua para o resto da vida. Tanto o pai, quanto a mãe, são fundamentais para o desenvolvimento da criança. Caso contrário, seu filho pode sofrer. E tenha certeza de que isso é uma bola de neve. Ele pode até desenvolver distúrbios psicológicos, dentre os quais:
>> Insegurança
>> Medos excessivos
>> Baixa autoestima
>> Ansiedade
>> Depressão
Após o divórcio
Cada criança age de uma maneira diferente. Algumas podem regredir, ficando mais carentes e imaturas. Muitas passam a ter medos infundados, enquanto outras apresentam problemas de comportamento, ficando mais irritadas ou agressivas.
Não pense que só os mais crescidinhos sentem as mudanças
Os bebês são sensíveis e captam toda a atmosfera e as emoções ao redor. Por isso, nunca discuta perto deles. Eles podem perder a fome, chorar mais, fazer birras, ter mais cólicas, estranhar as pessoas ou desenvolver distúrbios de sono.
As crianças em idade escolar (a partir de 2 anos) podem sentir algumas dificuldades na escola
Por isso, é importante avisar a escola sobre as questões familiares. Mantenha contato com o professor, para saber como seu filho está reagindo.
Observe o comportamento da criança dentro de casa
Dores de cabeça, enjoos, xixi na cama, choros sem causa aparente e desmotivação para ir à escola são alguns dos problemas que ela pode apresentar.
Atitudes que ajudam seu filho a ser feliz
Estimule a criança a visitar o pai/mãe toda semana ou a cada 15 dias
Oriente seu filhote a ver o pai/mãe com bons olhos. Estimule esse contato mesmo que seu/sua ex forme uma nova família.
Faça seu filho se orgulhar do pai/mãe
Muitas vezes, é difícil tolerar quem nos faz mal. Mas, por amor ao seu filho, perdoe o/a ex. E mais: ensine seu filho a amar o pai/mãe que tem. A criança, inclusive, pode até gostar da nova família dele - por que não? É fundamental dizer ao filho que o pai/mãe é uma pessoa legal e que o ama.
Lembre do aniversário do pai/mãe
Compre um presentinho para o seu filho dar a ele/ela. Tudo isso é positivo e vai ajudar a manter lá em cima a autoestima do seu filhote. Sua vida ficará mais tranquila.
Convide o pai/mãe para as festinhas da escola
Dessa maneira, a criança vai se sentir bem mais segura. É importante que seu filho não se ache diferente dos coleguinhas só porque tem pais separados.